terça-feira, 29 de março de 2011

Parlamento lembra os 10 anos da morte de Mario Covas

Líderes políticos destacam o legado de um dos maiores líderes da história do PSDB

Governadores, ex-governadores, senadores e deputados do PSDB, assim como de outros partidos, realizaram sessão solene em homenagem ao ex-governador de São Paulo, Mario Covas, morto há 10 anos. A tribuna do Senado foi utilizada para destacar o legado de um dos maiores líderes da história do PSDB. A família foi representada pelo neto, Bruno Covas, também secretário de Meio Ambiente de São Paulo.
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou que Covas olhou para os mais pobres e lançou programas que revolucionaram a periferia de São Paulo. “Ele foi para a minha geração um político limpo, que honrava a palavra, pois fazia o discurso e o colocava em prática. Nunca se dobrou às pressões, modismos ou conveniências”, lembrou. Acrescentado que  o PSDB continua a usar a inspiração de Covas em campanhas e propostas. “Ela é conveniente ao Brasil de hoje. É conveniente ao Brasil de sempre”, disse Guerra.
“Mario Covas continua a ser uma das mais importantes referências éticas para o Brasil. Olhamos para o passado e não conseguimos encontrar saídas para o futuro sem o exemplo de políticos como ele. Suas qualidades de homem público ainda são um porto seguro para quem deseja fazer política com decência, honradez e compromisso efetivo com a sociedade democrática”, disse a vice-presidente do PSDB, senadora Marisa Serrano (MS).
O senador Aécio Neves (MG) afirmou que tem em Covas exemplo e inspiração permanentes. Segundo contou o ex-governador de Minas Gerais, uma foto sua com o ex-governador paulista esteve, durante os oito anos de seu governo, ao lado de uma foto de seu avô, Tancredo Neves. “Em muitos momentos aflitivos do meu mandato eu recorri a eles”, afirmou. De acordo com o senador, o homenageado sonhava com um partido que refletisse a indignação da população, cansada com a corrupção e a incompetência do governo federal.
“Com sua trajetória, nos ensinou que governar é exercer a autoridade sem autoritarismo, com base na legitimidade conferida pelo voto popular, com a credibilidade dos que conhecem o valor da palavra pública e o sagrado compromisso que ela envolve. Ele confiava no país e em nossa capacidade de decisão”, afirmou Aécio.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ressaltou os princípios e valores de Covas. “Perdeu o mandato para ser coerente como deputado federal, foi cassado, ficou 10 anos com os direitos políticos suspensos. Foi o prefeito de São Paulo dos mutirões, perto das pessoas mais simples, mais pobres, governador da responsabilidade fiscal. Um homem de uma lealdade absoluta”, completou. Os secretários de estado de SP, José Aníbal e Júlio Semeghini, acompanharam a homenagem, assim como o ex-governador José Serra.

História
Natural de Santos (SP), Mario Covas faleceu em 2001 após intensa luta contra o câncer. Governou São Paulo entre 1995 e 2001, quando se afastou do cargo para tratar a doença. Formado em engenharia civil, iniciou a militância política como estudante universitário, tendo sido eleito vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1955.
Foi deputado federal e teve o mandato cassado em 1969 pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5), quando liderava a bancada de oposição. Foi ainda secretário de Transportes e prefeito de São Paulo. Em 1986, Covas se elegeu senador com 7,7 milhões de votos. Ele liderou a bancada do PMDB no Senado durante a Assembleia Nacional Constituinte.
Em 1988, Covas ajudou a fundar o PSDB e se tornou presidente nacional do partido. Concorreu às eleições presidenciais em 1989 - as primeiras realizadas desde 1960 por meio do voto direto, ficou em quarto lugar. Venceu as eleições para o governo paulista em 1994 e conseguiu se reeleger em 1998. Dedicou seus dois mandatos ao saneamento das finanças públicas, com medidas destinadas a promover ajuste fiscal e equilíbrio orçamentário. Adotou o chamado Programa Estadual de Desestatização (PED), que privatizou as principais empresas e estradas estaduais entre 1995 e 2000.






Via: Agência Tucana

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