Ele defende que Brasil seja mais
“rígido” com Venezuela
Brasília (11) - A escalada autoritária do governo de Hugo Chávez merece resposta mais dura do Itamaraty por ser injustificável. Esta é a opinião do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), presidente de honra do PSDB. Para ele, Chávez "está passando dos limites" ao mandar fechar emissoras de rádio e ao abrir guerra contra a imprensa não-alinhada ao seu governo.
Segundo FHC, diante dos acontecimentos, é preciso analisar com cuidado o ingresso da Venezuela no MERCOSUL, sob exame no Congresso Nacional. Os países membros podem condicionar a entrada do novo integrante a uma mudança de postura de Caracas quanto à imprensa venezuelana
O ex-presidente do Brasil lembrou que o país tem um "patrimônio positivo" com a Venezuela, resultado do "aprofundamento" das relações comerciais com o vizinho. Mas lamentou o viés populista de Chávez que abusa de recursos plebiscitários para governar "que não são democráticos".
Senadores tucanos têm criticado o cerco à liberdade de imprensa de Chávez que na semana passada mandou fechar 34 emissoras de rádio. O modelo chavista está sendo seguido pelo presidente reeleito do Equador, Rafael Correa. Ele afirmou que pretende propor medidas para "controlar os excessos da imprensa". Na Venezuela, o governo quer votar uma nova lei, ade "crimes midiáticos" que pode levar à prisão os jornalistas que se recusarem a revelar suas fontes de informação.
Os senadores Eduardo Azeredo (MG) e Flexa Ribeiro (PA), membros da comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado avaliam submeter à Casa a proposta de um voto de censura ao governo Chávez por causa das recentes ações contra a liberdade de expressão na Venezuela. Para ambos, o que vem acontecendo é "injustificável". Eles também criticam o posicionamento "omisso" do governo em relação ao tema.
Fonte: Agência Tucana
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