quarta-feira, 13 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
Matéria do Jornal do Commercio (10/06/2012)
Pesquisador mapeia crimes no Nordeste
SEGURANÇA Livro do professor José Maria Nóbrega, da Universidade Federal de Campina Grande, aponta falta de políticas públicas como principal variável para aumento da violência
Eduardo Machado
eduardomaxado@gmail.com
Ausência de políticas públicas de segurança como principal variável para o crescimento da violência. Essa é a conclusão central do professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) José Maria Nóbrega em seu livro Homicídios no Nordeste. Dinâmica, causa e desmistificações da violência homicida, que será lançado amanhã, no Instituto Teotônio Vilela (Rua Viscondessa do Livramento, 226. Derby), às 19h.
Na publicação, José Maria Nóbrega avalia as estatísticas de homicídios de 1996 a 2009 e mostra como o descaso com a Segurança Pública fez os índices de criminalidade dispararem ou oscilarem em patamares muito altos, na maioria dos Estados do Nordeste. Além da falta de política de enfrentamento da violência, o pesquisador aponta outras variáveis importantes na equação da criminalidade.
O crescimento da economia no Nordeste, a ampliação de um mercado consumidor de drogas e o processo migratório do crime são pontos que também contribuem para a elevação das taxas de homicídios na região. No entanto, a estagnação das instituições coercitivas é o elemento mais determinante no aumento da violência, pontua Nóbrega.
Em Pernambuco, o número de assassinatos só começou a cair em 2007. O pesquisador acredita que o estabelecimento de um Plano Estadual de Segurança Pública, através do Pacto pela Vida, é o principal responsável pela reversão dos índices locais de criminalidade. Trabalhar com diagnósticos, metas e monitoramento da política, traz resultados, completou José Maria Nóbrega.
O livro traz vários recortes na violência homicida com perfil das vítimas, instrumentos utilizados nos assassinatos e dados regionalizados.
São quatro capítulos. O último deles As instituições coercitivas e os homicídios no Nordeste traça um paralelo entre Pernambuco e São Paulo, dois Estados que obtiveram reduções nos índices de violência após o investimento em políticas públicas. Em São Paulo, o destaque é a continuidade das ações e a criação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (estrutura copiada por várias outras Secretarias de Segurança do País).
O combate sistemático aos grupos de extermínio, dentro do Pacto pela Vida, é uma das armas de Pernambuco na redução da criminalidade.
O evento de lançamento será também uma oportunidade dos interessados no tema debaterem com o autor.
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