O Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB, completa nesta sexta-feira 22 anos de fundação com um legado de conquistas em todo o país, seja à frente dos governos federal, estaduais e municipais, seja com a atuação de seus quadros nos órgãos legislativos de Norte a Sul.
"O partido só pode se rejubilar. Foram 22 anos de mudanças no Brasil e nos estados governados por nós. Mudanças na economia, sempre a favor do povo mais pobre e de uma economia mais dinâmica. E, acima de tudo, consolidando as instituições democráticas e mantendo um estilo sóbrio de governar, sem leniência com a corrupção", declarou ao Diário Tucano/Rádio Tucana o presidente de honra da legenda, Fernando Henrique Cardoso, que está na Europa.
E neste ano de eleições gerais, a legenda apresentará aos brasileiros tucanos preparados para enfrentar os principais desafios que ainda persistem, a exemplo de José Serra, um dos principais nomes do partido com berço em São Paulo, mas hoje presente em todos os cantos.
O líder da Minoria da Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR), avalia que os tucanos têm muito o que comemorar nessas pouco mais de duas décadas de vida. Segundo ele, a legenda criada em 1988 reúne os segmentos mais variados da sociedade e está organizado em todo o país. "O PSDB cumpre uma das trajetórias mais bonitas da política brasileira e tem grandes desafios", apontou.
O legado conquistado pelo partido neste período é, de fato, bastante vasto. Abrange desde o Plano Real até a adoção da Lei de Responsabilidade Fiscal, passando pela criação dos medicamentos genéricos e dos inúmeros exemplos de boa gestão pública, a exemplo dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Para Fruet, o PSDB nasceu com uma visão global, mas sobretudo com forte preocupação social. "Temos uma visão de Estado, de gestão com eficiência e com preocupação popular e social. É bom lembrar que quase todos os programas sociais hoje consagrados no Brasil tiveram origem no governo do PSDB. O controle da inflação permite uma justa distribuição de renda, principalmente para as famílias mais pobres. E os programas sociais tem um fator de diminuir um quadro de imensa desigualdade que o Brasil ainda não conseguiu corrigir", avaliou.
Apesar das inúmeras contribuições ao país, o tucano afirma que o PSDB não está parado e sabe em que o Brasil precisa evoluir. Melhorias nas áreas da educação, saúde e segurança são algumas das bandeiras que terão grande destaque na campanha presidencial, por exemplo.
"É impossível pensar num projeto político para o país que não passe pela discussão de uma agenda que o PSDB contribuiu - e muito - para a gestão pública brasileira", assegurou Fruet. Ainda de acordo com o líder da Minoria da Câmara, o PSDB, ao longos desses 22 anos, consegue manter o respeito e a dignidade da população em virtude de sua seriedade, responsabilidade e compromissos com os brasileiros e com o desenvolvimento nacional.
Números comprovam a força tucana
→ 5 governadores (São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Alagoas e Roraima).
→ 800 prefeitos→ 59 deputados federais
→ 13 senadores→ 137 deputados estaduais→ 6 mil vereadores
(Reportagem: Artur Filho/ Foto: Paula Sholl)
Leia mais sobre a história do PSDB aqui
quinta-feira, 24 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
Palestra Questões Federativas com André Regis
Palestra sobre questões federativas nessa quinta-feira (17/06/2010) com André Regis, na sede do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco. Inscrições gratuitas.
Clique na imagem para ver maior.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Por uma política externa responsável
Fernando Henrique: governo brasileiro fez muito barulho sobre acordo com Irã
A despeito das bazófias presidenciais que vez por outra voltam ao bordão de que “hoje não nos agachamos mais” perante o mundo, se há setor no qual o Brasil ganhou credibilidade e, portanto, o respeito internacional, foi no das relações exteriores.
Elas sempre foram orientadas por valores e estiveram intransigentemente fincadas no terreno do interesse nacional. A demagogia presidencial não passa de surto de ego deslumbrado, que desrespeita os fatos e mesmo a dignidade do país.
Com exceção dos flertes com o totalitarismo europeu durante o Estado Novo, sempre nos orientamos pela defesa dos valores democráticos, pela busca da paz entre as nações, por sua igualdade jurídica e pela defesa de nossos interesses econômicos.
Com toda a dificuldade do período da Guerra Fria – quando os governos militares se opuseram ao mundo soviético e a seus aliados –, não nos distanciamos do que então se chamava de Terceiro Mundo. Se não nos juntamos propriamente ao grupo dos “não alinhados”, dele sempre estivemos próximos.
Terminada a Guerra Fria, restabelecemos relações com os países do campo socialista, Cuba e China à frente, voltamos a estar mais ativamente presentes na África, apoiamos o Conselho de Segurança nos conflitos entre Israel e a Palestina, sustentamos a posição favorável à criação de “dois Estados” e o respeito às fronteiras de 1967 e nunca nos solidarizamos com o grito de “delenda Israel”, nem com as afrontas de negação do Holocausto.
Seguindo esta mesma linha, assinamos o Tratado de Não Proliferação de armas atômicas (TNP), com ressalvas quanto à manutenção dos arsenais pelos “grandes”, fomos críticos das invasões unilaterais no Iraque e só aceitamos a intervenção no Afeganistão graças à supervisão das ações bélicas pela ONU.
A reação ao unilateralismo foi tanta, que em discurso na Assembleia Nacional da França cheguei a aludir à similitude entre o unilateralismo e o terrorismo, provocando certo mal-estar em Washington. Procedemos de igual modo na defesa de nossos interesses como país em desenvolvimento.
No dia em que se publicarem as cartas que dirigi aos chefes de Estado do G-7, ver-se-á que predicávamos desde então maior regulação financeira no plano global e maior controle do FMI e do Banco Mundial pelos países emergentes.
Reivindicamos nossos direitos comerciais na OMC, a começar pelo caso do algodão, e no caso das patentes farmacêuticas defendemos vitoriosamente em Doha o ponto de vista de que a vida conta mais que o lucro. Todas essas políticas tiveram desdobramentos positivos no atual governo.
Temos, portanto, credenciais de sobra para exercer uma ação mais efetiva na condução dos negócios do mundo. A hegemonia norte-americana vem diminuindo pelo fortalecimento econômico dos Brics (metáfora que abrange não só os quatro países, mas vários novos atores econômicos), especialmente da China, pela presença da União Europeia e também vem sendo minada pelas rebeliões do mundo árabe e muçulmano, como o próprio governo Obama reconhece.
É natural, portanto, que o Brasil insista em sentar à mesa dos tomadores de decisões globais. Sendo assim, por que a celeuma causada pela tentativa de acordo entre Irã e a comunidade internacional empreendida pelo governo brasileiro?
Há duas ordens distintas de questões para explicar o porquê de tanto barulho. A primeira é a falta de clareza entre a ação empreendida e os valores fundamentais que orientam nossa política externa. A segunda é a forma um tanto retórica e pretensiosa que ela vem assumindo.
Quanto ao primeiro ponto, como compatibilizar o repúdio às armas nucleares com a autonomia decisória dos povos? Esta abrange inclusive o direito ao conhecimento de novas tecnologias, mesmo as “duais”, que tanto podem ser usadas para a paz como para a guerra.
Em nosso caso, conseguimos, por exemplo, dominar a técnica de foguetes propulsores de satélites (e quem lança satélite pode lançar mísseis). Ninguém desconfia, entretanto, de que a utilizaremos para a guerra, até porque obedecemos às regras do acordo internacional que regula a matéria.
Do mesmo modo, dominamos o ciclo completo de enriquecimento do urânio. Mas não cabem dúvidas de que não estamos fazendo a bomba atômica, não só porque nossa Constituição proíbe, mas porque inexistem ameaças externas e porque submetemos o enriquecimento do urânio (guardado o sigilo da tecnologia usada) ao duplo controle de um tratado de fiscalização recíproca com a Argentina e da Agência Internacional de Energia Atômica.
É precisamente isso que falta no caso do Irã: a confiabilidade internacional nos propósitos pacíficos do domínio da tecnologia. E é isso que o governo americano alega para recusar a intermediação obtida, ao reafirmar que a quantidade de urânio já disponível, mesmo descontada a quantidade a ser remetida para enriquecimento no exterior, permitiria a fabricação da bomba.
O xis da questão, portanto, seria a obtenção pelo Brasil e Turquia de garantias mais efetivas de que tal não acontecerá. Deixando de lado as alegações recíprocas sobre se houve o estímulo americano à ação intermediadora (que para quem quer ter uma posição independente na política externa é de somenos), uma ação eficaz para evitar o confronto e as sanções – posição coerente com nossa tradição negociadora – deveria buscar desfazer a sensação da maioria da comunidade internacional de que o governo iraniano está ganhando tempo para seguir em seus propósitos nucleares.
Neste ponto, a retórica dos atores brasileiros parece ter falhado. O levantar de mãos de Ahmadinejad e Lula, à moda futebolística, e as declarações presunçosas do presidente brasileiro passando a impressão de que havíamos dado um drible nas “grandes potências”, digno de Copa do Mundo, reforçaram a sensação de que estaríamos (no que não creio) nos bandeando para o “outro lado”. E em política internacional, mais do que em geral, cosi é (se vi pare).
Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, é ex-presidente da República e presidente de honra do PSDB.
Fonte: Estado de S. Paulo
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Novo Comentário em áudio com André Regis
André Regis comenta a carga tributária no Brasil:
http://www.4shared.com/audio/R0kIR6tM/Andr_Regis_fala_sobre_a_Carga_.html
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